quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Entenda a linguagem da fotografia - Parte 2

Modo RAW

Por padrão, todas câmeras digitais produzem imagens no formato JPEG. Com isso os arquivos são menores (e você pode colocar mais fotos no cartão de memória), mas a compressão JPEG é “lossy”, ou seja, perde-se qualidade de imagem quando ela é gravada. Para um usuário doméstico a diferença é mínima, mas os profissionais não podem admitir nenhuma perda.
É aí que entra o RAW, um formato que simplesmente grava todas as informações do sensor de imagem em um arquivo sem qualquer forma de compressão, tratamento ou processamento. O nome vem da palavra em inglês para “cru”, pois é exatamente isso que acontece. A imagem não foi processada de nenhuma forma.
Muitas DSLRs e algumas câmeras point-and-shoot mais sofisticadas permitem fotografar em RAW, o que dá aos usuários muito mais controle sobre a imagem durante o processo de edição, mas também signitica que o tamanho dos arquivos será muito maior. Se as fotos forem tiradas em RAW, certifique que o cartão tem uma boa capacidade de armazenamento para suportar todos esses dados extras.


Foco manual

Para closes e situações nas quais o foco automático da câmera não dá conta do recado, o foco manual pode ser a solução. Câmeras mais simples geralmente omitem essa ferramenta ou só permitem o foco em passos, o que força o usuário a escolher entre distâncias pré-determinadas. É uma boa ideia testar o autofoco da câmera antes de comprá-la; alguns equipamentos têm dificuldade para focar em um ponto no máximo da teleobjetiva ou macro, o que significa que a fotografia pode não ficar perfeita.
Outro grande problema relacionado ao foco é o botão de disparo. A maioria das câmeras atuais vem com um dispositivo de dois tempos, isso significa que quando o botão de disparo é pressionado até a metade, ele realiza o foco da imagem, e quando pressionado até o final, a câmera realiza o disparo, registrando a foto. O problema está no pressionar o botão, quando o usuário pressiona o botão até o fim, sem esperar que a câmera realize o foco da imagem, na maioria das vezes a tendência é desfocar a foto.




Armazenamento

Caso o usuário já tenha um cartão de memória que deseja usar em uma nova câmera, é importante verificar se ela é compatível. A maioria dos equipamentos no mercado usam cartões no formato SD (Secure Digital) ou SDHC (Secure Digital High Capacity). Cartões SDHC são mais caros, oferecendo capacidades de até 32GB, mas não são compatíveis com câmeras mais antigas. Há inclusive um novo formato: o SDXC. Os cartões poderão armazenar até incríveis 2TB de dados, mas eles são ainda mais caros, e não são compatíveis com equipamentos atuais que usam cartões SD e SDHC. 
Além da capacidade de armazenamento, a velocidade do cartão deve ser considerada. Cartões SD e SDHC são categorizados em “Classes”, de acordo com a velocidade de gravação dos dados no cartão. Quanto maior a Classe, mais rápidamente a informação é escrita. Caso o objetivo seja gravar vídeo ou usar o modo de disparos múltiplos em alta velocidade, procure pelo menos por um cartão de Classe 4 ou Classe 6.
Para complicar um pouquinho mais, há mais alguns formatos no mercado. Algumas câmeras usam pequenos cartões MicroSD ou MicroSDHC (comuns em celulares) que não são compatíveis com os cartões SD tradicionais, que são muito maiores.
Câmeras DSLR profissionais usam cartões CompactFlash, os maiores do mercado. Já algumas câmeras mais antigas da Sony usam cartões MemoryStick, e os modelos antigos da Olympus usam cartões no formato XD. Felizmente, máquinas mais recentes de ambas empresas agora suportam os cartões SD/SDHC.


 Cartão de memória SDHC


Cartão de memória CF
 
Cartão de memória Micro SDHC

 
Cartão de memória PRO Duo

 
Cartão de memória SD


Bateria

Aqui é comum encontrar dois tipos de câmeras: as que usam pilhas AA (recarregáveis ou não) e as que usam baterias proprietárias, desenvolvidas pelo próprio fabricante. Algumas câmeras digitais consomem a carga rapidamente especialmente se usarem pilhas alcalinas, o que pode acabar se tornando caro e irritante.
Se sua câmera usa AA, invista em pilhas recarregáveis de boa procedência e alta capacidade (medida em mAh - miliampéres/hora), pelo menos 2.600 mAh. Evite marcas desconhecidas e prefira comprar em grandes lojas para não correr risco de adquirir pilhas falsificadas, que atualmente inundam o mercado, têm capacidade muito abaixo do indicado e podem colocar em risco sua segurança e seu equipamento se vazarem ou explodirem durante a recarga.
A vida útil de uma bateria e o preço da câmera muitas vezes não estão relacionados. Algumas câmeras baratas têm baterias com ótima autonomia, enquanto algumas mais caras ficam sem carga muito rápido. De qualquer maneira, é uma boa idéia comprar baterias extras.
 

Pilha recarregável, ótima opção para quem não quer mais gastar com pilhas alcalinas.


 
Câmera danificada depois de uma vazamento de pilha. Por conter substâncias corrosivas a pilha quando vaza causa danos irreversíveis.
 As baterias tem maior autonomia, duram bem mais que as pilhas.



 CUIDADO....também existem as baterias falsificadas, o que pode danificar seu equipamento e tornar o barato BEM mais caro.



CONTINUA...


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